LoL: Dez anos atrás, paiN Gaming vencia a maior final da história do CBLOL

LoL: Dez anos atrás, paiN Gaming vencia a maior final da história do CBLOL

League of Legends

A Grande Final do CBLOL 2015, disputada entre INTZ e paiN Gaming, foi um marco na história do League of Legends e dos esports brasileiros. O MOBA da Riot chegava ao seu primeiro evento em um grande palco dos esportes tradicionais — o Allianz Parque — após ter, no ano anterior, a decisão realizada em um estúdio próprio.

Para relembrar a atmosfera que cercava aquela final, desde a estreia do formato que se mantém até hoje até o título da paiN Gaming, confira o vídeo publicado pelo Mais Esports:

2015: O ano em que o LoL mudou de patamar no Brasil

Antes da paiN Gaming se sagrar campeã no dia 8 de agosto de 2015, várias coisas mudaram de figura dentro do League no cenário nacional. O jogo começava a dar passos mais firmes em direção à profissionalização, com o primeiro calendário competitivo fixo da Riot, com dois splits contendo fase regular e playoffs.

No mesmo ano, a empresa estrou o Mid-Season Invitational, campeonato internacional para as melhores equipes do primeiro split — algo inédito até então, visto que em 2014 a Keyd Stars conseguiu vencer a primeira etapa do torneio, mas não havia nenhuma disputa fora do Brasil para ser realizada.

A Riot também inaugurou seu primeiro estúdio, que mesmo sem espaço para plateia, já era um avanço para a modalidade no Brasil. Em vídeo, os jogadores contaram suas primeiras impressões sobre a estrutura da empresa naquele momento:

Outra novidade que começou a ser realizada neste ano foram os vídeos de hype e criação de conteúdo feitos pela própria Riot. Já tradicionais no dia-a-dia atual da liga, os vídeos começaram a criar narrativas e mostrar mais da personalidade dos players, com nomes bem conhecidos do público até hoje. Confira:

INTZ chegava para defender seu título após vencer a Vivo Keyd de Takeshi no primeiro split de 2015

O segundo split de 2015 trouxe mudanças significativas em comparação à etapa anterior. No primeiro split, a INTZ havia conquistado seu primeiro título ao vencer a Vivo Keyd de Emperor, DayDream e Takeshi (sempre ele como vice…). Para a etapa seguinte, porém, as equipes passaram por mudanças inesperadas.

A INTZ perdeu seu jungler, Revolta, para a Vivo Keyd. Essa não foi a única mudança na vice-campeã: a equipe também contratou Leko (ex-paiN) e o jovem atirador esA, que ganhava sua primeira grande oportunidade na carreira após se destacar e surpreender o cenário pela Seven Wars.

Já a INTZ optou por mudar a função de Jockster, que passou a atuar como jungler, e contratou Alocs, bem avaliado por sua passagem pela CNB Esports. O único time que alterou apenas uma peça nessa “dança das cadeiras” foi a paiN Gaming, que trouxe um jogador que, até então, mantinha uma grande rivalidade com a organização: o top laner Mylon.


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Foto: Reprodução/LoL Esports.

O momento, inclusive, era instável para a paiN Gaming. Após não conseguir voltar a ser campeã com os coreanos Lactea e Olleh, a equipe teve o retorno de um dos grandes ídolos da organização — brTT, que retornou após passagem pela Keyd.

A equipe tinha conquistado apenas o CBLOL de 2013, e voltava a ser candidata ao título com a reunião de Kami e brTT, dois dos jogadores mais populares da época. Mesmo assim, a favorita ao título seguia sendo a INTZ, que liderou a fase regular do segundo split e foi a primeira a se classificar para a Grande Final.

A confirmação da Grande Final entre paiN e INTZ marcou o início de uma das maiores rivalidades da história do cenário. A equipe que conquistasse o título em um estádio de futebol viveria, até então, a maior glória do LoL no Brasil. Por isso, o dia 8 de agosto de 2015 já era histórico antes mesmo de os times entrarem no Rift.

A Grande Final e o evento no Allianz Parque

Inaugurado em novembro de 2014, o estádio veio com a intenção de ser a casa do Palmeiras, mas também abrigava eventos diversos. Logo, antes de seu primeiro ano de existência, abrigou o maior evento do LoL realizado até então.

A estrutura impressionava, ainda mais em tempos que parecia difícil de acreditar que um jogo de videogame e seus respectivos jogadores pudessem mobilizar tantos fãs, capaz de lotar uma parcela de um estádio de futebol.

O evento foi a base para as próximas finais, logo, ali que começou a ser utilizado shows de abertura, orquestra com os temas do League, enfim, tudo aquilo que viraria um padrão para os próximos anos de LoL.

Muito além do Backdoor do Mylon, série entre INTZ e paiN Gaming teve vários momentos eletrizantes

Indo para dentro de Summoner’s Rift, a favorita ao título era a INTZ. Um ponto importante para ser lembrado é que ambas as equipes haviam se encontrado na semifinal do primeiro split, e a paiN levou uma virada histórica na primeira partida da série.

O elenco que ainda não havia sido apelidado de Exódia venceu a série por 3-0 e eliminou os Tradicionais. Confira o momento da reviravolta:

Com as equipes já tendo esse pequeno histórico de rivalidade dentro de jogo, a Grande Final do segundo split ia pegar fogo. E não foi diferente: na primeira partida, ambos os times tinham composições com bom late game. Porém, a paiN saiu na frente com boa jogada de brTT, acelerando muito o seu jogo e de Kami.

Os Tradicionais foram atropelando a INTZ nas lutas, e pegaram vantagem decisiva após Mylon fazer mágica com seu Gnar, flashando o taunt do Shen e ultando a Tristana de micaO:

A segunda partida, por sua vez, foi bem mais disputada. A paiN tinha vantagem, mas viu a INTZ chegar na alma do Dragão da época, que era similar ao Dragão Ancião (porém, em uma escala bem menor).

Uma curiosidade do jogo é que Tockers, mid laner dos Intrépidos, comprou uma Ampulheta de Zhonyas e utilizou o item apenas uma vez, quando sua equipe tentava dar push final na base da paiN. Ao morrer após usar o recurso, trocou por outro item. Ironicamente, não teve o recurso para resistir ao engage da paiN que definiu o jogo.

A luta ocorria com o inibidor da paiN em aberto, logo, foi um final mais do que eletrizante para a partida, que durou mais de 1 hora. Confira:

Enfim, o jogo 3 trouxe um momento inesquecível para todos que acompanharam a série: o backdoor de Mylon, com seu Shen atacando timidamente o Nexus aberto da INTZ. Foi um desfecho mais do que digno para a série que ajudou a colocar o LoL em um patamar acima entre as modalidades esportivas no Brasil.

A vitória da paiN ajudou a fidelizar a base de fãs da organização, além de colocar todos os jogadores daquele elenco em uma prateleira de ídolos, com destaque para Mylon, Kami e brTT.

Dentro ou fora do Allianz Parque, a Grande Final do segundo split do CBLOL 2015 permanece inesquecível, e seus protagonistas seguem escrevendo novas páginas em suas trajetórias. Neste domingo, Tockers — hoje técnico da RED Canids — reencontra a paiN Gaming pela LTA Sul 2025 3º Split. A história do LoL no Brasil continua a ser escrita.


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Foto: Reprodução/CBLOL Flickr.
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