Uma das maiores transferências do cenário competitivo de League of Legends no Brasil ganhou mais um dado revelador. Segundo informações obtidas pelo jornalista Gabriel Oliveira, do GE, o suporte Ceos teria acertado um salário mensal de R$ 65 mil ao assinar contrato com a KaBuM!, após deixar a LOUD no fim de 2023.
A informação faz parte de mensagens anexadas a um processo trabalhista movido por Danilo Geraldi, ex-diretor da KaBuM!. Nelas, o executivo detalha não apenas o interesse da organização em contratar Ceos, mas também os valores discutidos para convencer o jogador a retornar ao clube.
Na época, a LOUD ainda não havia liberado oficialmente o jogador para negociar com outras equipes, o que levantou suspeitas de aliciamento — embora a KaBuM! tenha sido posteriormente inocentada pela Riot Games após investigação.
Valor chama atenção no mercado
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O salário de R$ 65 mil mensais coloca Ceos entre os jogadores mais bem pagos do CBLOL na época em que atuava pela KaBuM!. Apesar do “super time” montado na época pela organização, os resultados não foram satisfatórios, com os ninjas amargando o 5/6° lugar no primeiro split e penúltima colocação no segundo.
Após a apuração vir à tona, Jean, cofundador da LOUD, comentou o assunto nas redes sociais e falou em sustentabilidade:
Com tudo isso à tona, interessante ressaltar que os valores realmente são altos né. Quando falamos de sustentabilidade, nunca significa não valorizar os nossos jogadores… Vamos trocar essa narrativa pois a LOUD quer ganhar!
A fala de Jean reforça um posicionamento já feito por ele outras vezes, de que a LOUD busca montar times competitivos e que também sejam sustentáveis para o projeto financeiro da organização.
KaBuM! e LOUD respondem apuração
As duas organizações citadas na matéria se posicionaram sobre o assunto. Confira o posicionamento da KaBuM! Esports:
A KaBuM! Esports reitera seu compromisso inabalável com a ética, a integridade e as regras que regem o cenário competitivo de League of Legends.
Em relação aos questionamentos sobre a contratação de atletas, a organização esclarece que pauta todas as suas negociações e contratações pela estrita observância à política antialiciamento global da Riot Games.
A conformidade com os regulamentos é um pilar fundamental da nossa operação. Com mais de uma década de atuação pioneira no CBLOL, construímos uma trajetória de respeito à comunidade e ao ecossistema dos esports, e este comprometimento guia todas as nossas ações.
Confira o posicionamento da LOUD:
A LOUD já tinha trazido à tona tudo o que está sendo comprovado agora, então não temos nada a adicionar. Estamos 100% focados nos próximos splits e em seguir entregando o melhor pra nossa comunidade com o time que temos hoje.
Danilo Geraldi, ex-head da KaBuM!, também se pronunciou sobre o assunto:
As conversas de bastidores, comuns no cenário competitivo, sempre ocorreram dentro dos limites éticos e legais, respeitando as regras da liga e os vínculos contratuais existentes. Especulações sobre interesse de clubes ou movimentações no mercado de transferências não configuram, por si só, qualquer irregularidade.
De qualquer modo, nego qualquer participação nos fatos que se caracterize como aliciamento do atleta.
Tata Wu respondeu que não gostaria de comentar o assunto. Ceos e a Shopify Rebelion, por sua vez, não responderam à apuração.
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