A Vivo Keyd Stars sofreu novo revés no Worlds 2025, após perder para a Flyquest na madrugada desta quinta-feira (16). O time brasileiro pouco conseguiu fazer contra a adversária norte-americana, que já encarou na LTA Américas 2025 e conseguiu arrancar uma vitória em MD5.
Em entrevista ao Mais Esports, Boal, top laner dos Guerreiros, comentou sobre como foi enfrentar a adversária novamente, as diferenças que percebeu em relação ao período da equipe no Texas, suas perspectivas para o restante do Mundial de LoL e a visão sobre o pick de Jarvan pelos Guerreiros.
Como foi enfrentar um oponente que vocês já conhecem e já tinham encarado recentemente?
Então, honestamente, eu acho que é até mais frustrante perder da forma como a gente perdeu hoje, porque já passamos muito tempo, nos últimos anos, estudando como eles jogam.
A gente enfrentou eles duas vezes nos Estados Unidos, então já tínhamos uma boa noção de como o time deles funcionava — quem são os jogadores-chave e como preferem jogar a partida.
Por isso, acho que é um sinal ainda pior para a gente perder desse jeito. Mostra muito que estamos em um momento não muito bom.
Por exemplo, ontem, contra a Team Secret Whales, é claro que também estudamos bastante o jogo deles. Mas, contra a Flyquest, isso deveria ter tido um impacto ainda maior, já que jogamos várias vezes contra eles nos últimos meses. É sempre uma experiência boa para aprender, mas o resultado de hoje não é nem um pouco aceitável.
Como se manter forte mentalmente depois desse começo?
Eu diria que, depois da derrota de ontem contra a Whales, sinto que a gente começou a caminhar novamente em uma boa direção. Ainda não tivemos tempo para mostrar isso — e não estou dizendo isso como desculpa, claro —, mas acho que faz algumas semanas que não estamos tendo os melhores treinos nem os melhores reviews, e isso é culpa nossa.
Estamos nos esforçando muito, dentro e fora do jogo, para consertar o que precisa ser ajustado. Sendo 100% honesto, acho que ontem, depois da derrota, começamos realmente a seguir por um caminho melhor do que estávamos antes. Então, eu diria que, daqui pra frente, a gente vai melhorar bastante.
E, claro, isso não é de forma alguma uma justificativa para a nossa performance de hoje.
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A parte externa, como os problemas na viagem, afetou vocês? Ou foram mais questões de dentro das partidas e treinos?
Eu acho que os problemas externos da viagem e tudo mais acabaram impactando um pouco, mas não foram o motivo principal. Faz algumas semanas que a gente não vem entendendo as coisas da melhor forma, não estamos fazendo o nosso melhor — e isso inclui todo mundo do time.
É claro que essas questões da viagem, como o jet lag e o tempo de chegada, afetam um pouco mais, mas isso não serve como justificativa. Na verdade, acho que estamos colhendo agora o que plantamos nas últimas semanas.
Quais as diferenças das disputas no Texas, para o que vem acontecendo no Worlds?
Eu diria que a nossa experiência no Texas foi muito boa para o nosso aprendizado, porque a Flyquest é um time que com certeza se destaca, mesmo em nível internacional, quando comparado aos times asiáticos. Teremos uma ótima oportunidade de jogar duas vezes contra eles e também de treinar contra uma equipe tão forte.
Então, não é como se estivéssemos vindo para esse Mundial sem saber o que esperar — acho que já tínhamos uma boa noção do que poderia acontecer. Claro, não de tudo, mas foi uma experiência muito útil.
Atualmente, não estamos conseguindo treinar da melhor forma. Na verdade, acho que nosso jogo no Texas estava melhor do que aqui. Não é uma questão de cansaço ou pressão; é mais sobre nós mesmos precisando fazer mais.
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Em uma entrevista recente, o Disamis falou que enxerga problemas de mentalidade na equipe. Consegue detalhar mais?
Acho que esse é um tópico bem amplo, que pode ser discutido em várias questões — tanto dentro de jogo quanto fora, na rotina e no tempo livre. Acredito que ele quis dizer isso de uma forma geral mesmo, até porque a gente conversou sobre isso, tanto individualmente quanto em grupo.
O ponto principal dessa questão está mais relacionado ao nosso empenho nos treinos. Não é que a gente não esteja tentando, mas não estamos tentando da melhor forma. Essa foi justamente a conversa que tivemos depois da derrota para a Whales.
Então, imagino que ele tenha mencionado isso principalmente nesse contexto, porque foi o que mais discutimos. E eu concordo com ele: a gente realmente não estava treinando da melhor forma. Acho que foi sobre isso que ele quis dizer.
Vocês optaram por repetir Jarvan IV. Como você enxerga o pick?
O Jarvan é um campeão que tanto a nossa comissão técnica quanto nós, jogadores, acreditamos ser forte. É claro que existem opiniões diferentes — cada time neste Mundial tem uma leitura um pouco distinta sobre o meta.
Como chegamos aqui há pouco tempo, ainda estamos observando como as outras equipes estão optando por jogar, quais composições estão preferindo e quais campeões estão priorizando. Como não jogamos nesse último patch, acabamos chegando um pouco atrasados nesse aspecto — e, para ser sincero, é aí que mais sentimos o peso.
Acho que estamos um pouco atrás em relação ao meta e à adaptação aos campeões. Além disso, por estarmos em um ambiente novo, enfrentando times fortes e vendo muita coisa diferente, surgiram muitas opiniões divergentes. Então, acredito que precisamos ser mais decisivos sobre o que realmente queremos para o nosso time.
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Um último recado para os fãs brasileiros, que ficaram acordados de madrugada para ver vocês jogarem?
Quero agradecer a todos que estão acordados de madrugada. Sei que é frustrante — a gente também torce, a gente também pensa nisso.
A única coisa que posso dizer é que, no próximo dia, vamos dar 100% do nosso melhor. Vamos tentar de tudo para mudar o resultado e mostrar uma performance melhor.
Espero que vocês continuem nos apoiando e acordando de madrugada para nos assistir, porque eu sei que não é fácil. Então é isso, muito obrigado.
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